Vox Tech for Good Growth
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No Brasil, ainda não existem fundos de investimento específicos para apoiar a atuação de GovTechs, sejam privados ou públicos. Como resultado disso, 90% das startups que atuam com o setor público iniciaram sua operação com recursos próprios do sócio fundador, de acordo com a pesquisa As Startups GovTech e o Futuro do Governo no Brasil’, promovida pelo BrazilLab.
Também é difícil ainda quantificar no mercado brasileiro o exato volume aplicado em fundos ligados à sustentabilidade. Segundo a classificação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) dos fundos regulados pela Instrução CVM 555 existentes até 2021, a subcategoria da classe ações denominada “Sustentabilidade/ governança” é a única que contempla investimentos sustentáveis. Nela, estão os fundos que investem em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa, ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo, conforme critérios estabelecidos por entidades amplamente reconhecidas pelo mercado ou supervisionados por conselho não vinculado à gestão do fundo”. Ao final de 2021, algumas poucas dezenas de fundos estavam registrados nesta subcategoria, totalizando o patrimônio líquido de aproximadamente R$ 2 bilhões, um valor ínfimo diante do total da indústria. Saiba mais.
A boa notícia é que a regulamentação de investimentos sustentáveis e investimentos que integram questões ASG tem crescido de forma expressiva. Este crescimento é impulsionado pela percepção entre órgãos reguladores de que o setor financeiro poderá ser tanto afetado por um conjunto de riscos sociais e ambientais quanto desempenhar um papel importante no enfrentamento de desafios globais, como as mudanças climáticas.
Em 2021, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) realizou sua 3ª Pesquisa de Sustentabilidade, com mais de 250 participantes, incluindo gestoras de recursos, bancos, corretoras e distribuidoras. Os resultados mostraram que a sustentabilidade tem alcançado cada vez mais relevância nas instituições dos mercados financeiro e de capitais (sendo avaliada com notas de 7 a 10 em escala de importância para 86% dos entrevistados) e que essa agenda deve ganhar ainda mais tração no futuro próximo (indicado por 90% dos respondentes).
Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil.
Reconhecida mundialmente como uma das maiores instituições financeiras voltadas ao desenvolvimento, o BNDES atua, há quase 70 anos, como o principal agente do Governo Federal para financiamento de longo prazo e investimentos em todos os segmentos da economia brasileira.
O BNDES começou a incluir critérios de impacto em suas chamadas de apoio a fundos em 2015, ação que movimentou o setor financeiro e incentivou fundos tradicionais a olharem com mais atenção para o campo, estudando sobre o tema, buscando parcerias e outras frentes que ajudaram no fortalecimento do ecossistema de impacto brasileiro. Atualmente, o banco possui projetos direcionados especificamente ao setor, como o BNDES Garagem, iniciativa focada em negócios de impacto que acelera startups em fase de criação e tração.
O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.
Conheça alguns dos fundos do BNDES para fomentar o impacto socioambiental positivo no país:
FUNDOS DE CAPITAL SEMENTE
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou em maio de 2022 uma nova abordagem para apoio a projetos e programas nas áreas de bioeconomia florestal, economia circular e desenvolvimento urbano. Conhecido como blended finance, o modelo representa uma solução financeira híbrida, com diferentes fontes de recursos e instrumentos distintos (financiamentos, investimentos, garantias, doações, ações e outros).
O foco do Banco está na seleção de estruturas financeiras capazes de atrair diferentes tipos de investidores para viabilizar o crescimento econômico incentivando projetos e empresas carentes de acessibilidade a soluções financeiras mais completas e impactantes, como pequenas cooperativas, projetos de desenvolvimento de comunidades carentes ou recicladores de resíduos sólidos.
Em maio de 2022 foi lançado o edital para selecionar estruturadores de modelos financeiros focados no apoio aos projetos socioambientais. O BNDES desembolsará até R$ 90 milhões em recursos não reembolsáveis para os escolhidos, que ficarão responsáveis por buscar captar junto a terceiros, ao menos, mais R$ 3 para cada R$ 1 aportado pelo Banco, o que resultaria em cerca de R$ 400 milhões de apoio a projetos com forte impacto socioambiental e que atendam a parâmetros ESG. Estes aportes de terceiros podem ser feitos através das diferentes ferramentas financeiras. A iniciativa, pioneira no País, fortalece o BNDES como articulador de parcerias entre os setores público e privado, conforme as melhores práticas e tendência entre as instituições de fomento internacionais.
Blended Finance
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