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A multiplicação de empreendimentos com ou sem fins lucrativos, capazes de operar de maneira financeiramente sustentável e ao mesmo tempo responder aos desafios impostos pelos problemas socioambientais é uma agenda ampla, que demanda a articulação de diferentes atores e envolve grandes desafios.
O Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) foi lançado em 20 de junho de 2024.com a assinatura de dois acordos de cooperação técnica entre o governo federal e os Estados do Rio Grande do Norte e Alagoas. A meta é articular as 27 unidades federativas do país até o final de 2027, com vistas a organizar o conjunto de políticas subnacionais em uma rede única, possibilitando uma estrutura de governança que promova sinergia e cooperação entre as diversas instâncias.
O Sistema deve reunir o governo federal, os estados e os municípios que desenvolvem políticas de impacto no Brasil. Seu objetivo é promover a articulação das ações na esfera pública em nível nacional e canalizar apoio a empreendimentos que tenham o objetivo de solucionar problemas sociais e ambientais.
O Simpacto pretende fomentar um ambiente favorável ao desenvolvimento de Investimentos e Negócios de Impacto no Brasil, de forma a promover desenvolvimento econômico, resolução de complexos problemas socioambientais e oferta de melhores serviços públicos para a população. Deve conectar os atores do ecossistema de impacto à Agenda 2030 da ONU, ao mesmo tempo em que articula o setor público em nível federal, estadual e municipal, com objetivo futuro de fomentar mecanismos de incentivo favoráveis ao desenvolvimento sustentável e inclusivo do país.
O Simpacto deverá ser um instrumento para formulação e implementação de políticas públicas, a serviço do bem-comum, articulando instituições do Estado e da sociedade civil com a finalidade de criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de empreendimentos capazes de gerar soluções de mercado para os problemas sociais e ambientais brasileiros.
O objetivo do Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) é articular os três níveis federativos do poder público em cooperação com atores privados para promover políticas públicas voltadas ao ecossistema de negócios e investimentos de impacto no Brasil. O Simpacto deve se desenvolver a partir da mobilização dos atores envolvidos numa perspectiva de inovação em políticas públicas e de geração de benefícios positivos para a sociedade e o meio ambiente. Ao todo, dez estados já possuem legislações próprias para o fomento ao ecossistema e negócios (Saiba mais). Também tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 3284/2021 que estabelece o Simpacto, com vistas a organizar o conjunto de políticas subnacionais e articulá-las entre si, criando uma estrutura de governança que promova sinergia e cooperação entre as diversas instâncias.
Movimento Pró-Simpacto
O processo de estruturação do Sistema Nacional de Economia de Impacto conta com a participação da sociedade civil por meio do movimento Pró-Simpacto, gerido pelo Grupo de Articulação Pró-Simpacto (GAS).
O GAS reúne organizações da área de impacto e sustentabilidade, gestores públicos, dinamizadores e empresas de impacto de diversas unidades federativas. O GAS participa da construção da política pública do Simpacto por meio da mobilização de coletivos na sociedade civil e pela realização dos Fóruns Regionais de Investimentos e Negócios de Impacto e do Fórum Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto. O movimento está aberto à adesão de novos participantes associados a coletivos estaduais e/ou municipais.
Informações sobre como integrar o movimento podem ser obtidas aqui.
A proposta de desenvolvimento do Sistema Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Simpacto) surgiu em um período em que convergiam duas tendências que devem marcar as próximas décadas, no Brasil e no mundo. Por um lado, a crescente percepção de que negócios e investimentos precisam ser reconfigurados, rumo a uma economia próspera e geradora de impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente. Por outro, a pandemia que agravou as históricas fragilidades da sociedade brasileira, trazendo a necessidade urgente de implementação de medidas capazes de revitalizar a economia e, simultaneamente, combater as carências, reduzir as desigualdades e criar oportunidades de renda, qualidade de vida e real desenvolvimento para o país e sua população.
O Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) foi idealizado no âmbito da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto), e uma proposta para seu desenho institucional e governança foi cocriada por meio de um ciclo de oficinas participativas denominadas “Rumo ao Simpacto”.
A proposta foi desenvolvida entre 2021 e 2022 a partir de reuniões com as lideranças da Enimpacto e com o Comitê de Investimentos e Negócios de Impacto, seguidas de uma série de oficinas participativas de cocriação do Sistema. Conduzidas pela Enimpacto em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), as oficinas Rumo ao Simpacto foram realizadas como um conjunto de diálogos estruturados entre agentes públicos e privados de diversos estados que participam do ecossistema de impacto, em nível local, estadual e nacional. O objetivo foi desenvolver as bases para estrutura de governança do Simpacto e promover o aprofundamento de seus objetivos.
O evento de abertura das oficinas aconteceu no dia 10 de dezembro de 2021, com ampla e representativa participação de atores do ecossistema, em nível nacional. As oficinas seguiram até maio de 2022, em uma série de encontros nos quais foram definidos o mapa de ação para a implementação do Sistema e uma primeira proposta de governança.
Outubro a Dezembro/
2021
Concepção Inicial: Plano 2021 do Grupo de Lideranças da Enimpacto
Abril a Junho/
2021
Consenso nos Fundamentos: Documento aprovado na 13 Reunião do Comitê de Investimentos e Negócios de Impacto
Julho a Agosto/
2021
Visão Substantiva: Produto 2 da Consultoria ABC Associados
Outubro/2021 a Dezembro /2023
Processo de Construção: Ciclo de Oficinas em Conjunto com a ENAP
Ano de 2024
Junho de 2024 Lançamento do Simpacto
Realização do Fórum Norte de Investimentos e Negócios de Impacto – Etapa Pará
Os Fóruns Regionais de Investimentos e Negócios de Impacto estão realizando as recomendações da sociedade civil para o funcionamento do Simpacto. Participe! A governança proposta para o Simpacto nas oficinas da ENAP pode ser acessada aqui.
É reconhecido o papel da cooperação entre o poder público e a iniciativa privada, o primeiro promovendo as condições institucionais e macroeconômicas favoráveis ao desenvolvimento de tais atividades, e a segunda mobilizando recursos e capacidades criativas para o estabelecimento de atividades produtivas destinadas a satisfazer as necessidades e carências do país.
A criação do Simpacto é, assim, um passo concreto e necessário para
o fortalecimento e dinamização da economia brasileira nesse novo contexto.
Razão de ser
Contribuir para o desenvolvimento nacional justo, equitativo e regenerativo, por meio da dinamização dos negócios e investimentos de impacto, promovendo a integração de políticas públicas e de práticas de gestão nos âmbitos federal, estadual e municipal.
Missão
Estabelecer um espaço de conexão e sintonia entre os três níveis federativos para apoiar o desenvolvimento do ecossistema de negócios e investimentos de impacto no Brasil, promovendo a melhoria do macroambiente institucional e normativo, o acesso a informações e recursos, bem como os relacionamentos necessários a essas finalidades.
Natureza
Frentes de atuação
Inscreva-se para participar do Movimento Pró-Simpacto: